segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Atlético-PR impõe 1ª derrota de Luxemburgo no Fla e mantém sonho



O objetivo do Atlético-PR de conquistar uma vaga na Copa Libertadores de 2011 segue vivo. Neste domingo, a equipe da capital paranaense venceu por 1 a 0 o Flamengo, em Volta Redonda, e voltou a se aproximar do G-4 do Campeonato Brasileiro. Paulo Baier marcou o gol que definiu a primeira derrota da equipe carioca sob o comando do técnico Vanderlei Luxemburgo.

O resultado levou a equipe de Curitiba a 53 pontos, na quinta colocação, apenas dois atrás do Botafogo - primeiro time dentro da zona de classificação para a competição continental. Já o time da Gávea parou nos 40 pontos e está apenas quatro acima da degola.

Novidade no time titular do Flamengo, o jovem meia Negueba quase abriu o placar aos 2min. Val Baiano tentou ajeitar na entrada da área e a bola sobrou para o garoto, que chegou batendo, mas pegou muito mal na bola e mandou longe. Os visitantes responderam no minuto seguinte, em tabela que terminou com finalização para fora de Paulo Baier.

Mesmo com Deivid, aberto pela direita, fazendo partida muito apagada, as melhores jogadas dos cariocas nasciam por aquele lado. Aos 8min, Léo Moura entrou na área, limpou o zagueiro duas vezes e chutou por cima do travessão. O jogo era aberto e, aos 16min, Vítor saiu cara a cara com Marcelo Lomba, mas chutou em cima do goleiro flamenguista e perdeu chance incrível.

No banco, Luxemburgo reclamava muito da arbitragem e de seus jogadores - tanto que acabou advertido pelo juiz José Henrique de Carvalho. Em campo, o jogo era fraco tecnicamente. Aos 31min, boa jogada individual de Negueba: o garoto partiu para o drible na entrada da área e limpou a jogada, mas voltou a chutar muito mal.

O Atlético-PR abriu o placar aos 39min. Guerrón deu passe para Nieto na área e o centroavante argentino foi derrubado por um carrinho de Maldonado. Paulo Baier foi para a cobrança do pênalti e chutou forte no meio do gol, deixando os curitibanos em vantagem.

Os comandados de Sérgio Soares recuaram no segundo tempo, mas o Flamengo seguiu sem inspiração na frente, sem conseguir criar lances perigosos. A primeira chegada foi só aos 16min, quando Renato Abreu chutou e a bola passou perto do travessão do goleiro Neto.

O time paranaense tentava administrar a vantagem, mas seguia tomando sustos. Aos 27min, Marquinhos recebeu e chutou rasteiro, para boa defesa de Neto. Com 39min, Renato levantou na segunda trave e Diego Maurício bateu de primeira, exigindo intervenção espetacular do goleiro atleticano, convocado por Mano Menezes para a Seleção Brasileira.

Recuado, os visitantes não conseguiam sair do campo de defesa. O Flamengo pressionou até o apito final, mas não conseguiu converter em gols o sufoco que impôs à retaguarda adversária.

Luxemburgo aprova 2º tempo e pede tranquilidade ao Flamengo



Vanderlei Luxemburgo perdeu sua primeira partida no comando do Flamengo e ainda não conseguiu afastar definitivamente a possibilidade de rebaixamento. No entanto, o treinador rubro-negro prefere minimizar a situação e pede que a equipe atue de forma semelhante à do segundo tempo do duelo contra o Atlético-PR, neste domingo (derrota por 1 a 0).

"Faltam quatro rodadas para quem está brigando pelo título e para quem está brigando aqui embaixo. Se nós conseguirmos quatro pontos, é como se eliminássemos duas rodadas. Essa é a minha conta", disse o treinador, nos vestiários do estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.

"Acho que a nossa situação é mais tranquila do que a situação de quem está na zona de rebaixamento. Acho que está complicado para quem está lá, não para nós (risos)", disse ele, que pediu calma para a reta final.

"Temos que ter tranquilidade, jogar como fizemos no segundo tempo. Sabemos que vai haver pressão, que vão falar muita coisa, mas faz parte da nossa profissão".

Com 40 pontos, o Flamengo está na 13ª colocação. Primeiro time fora da zona de rebaixamento, o Atlético-MG tem quatro pontos a menos, com quatro jogos para o fim do campeonato. Os quatro últimos adversários do time rubro-negro no Brasileiro são Atlético-MG (fora), Guarani (em casa), Cruzeiro (em casa) e Santos (fora).

Vivo na briga, Cruzeiro se prepara para "final" contra Corinthians



Depois do tropeço contra o São Paulo, o Cruzeiro superou a pressão da torcida rubro-negra e bateu o Vitória, no Barradão. Com o resultado, a equipe mineira manteve-se firma na disputa pela taça e agora enfrenta o Corinthians, que tem os mesmos 60 pontos, em um confronto que já é visto como "final" pelo grupo.

"O importante é vencer e lutamos até o final para conseguir esses três pontos. Temos que descansar, voltar para casa, rever a família e pensar na próxima final que temos pela frente. Vamos em busca de um bom resultado", disse o goleiro Fábio, que tem a mesma opinião do técnico Cuca.

"Quem acha que pontos corridos não tem emoção se engana. Estamos jogando decisão há quase um mês e contra o Corinthians será mais uma. Não vai decidir o campeonato, porque tem outras equipes disputando o título", disse o treinador.

O duelo está marcado para o próximo sábado, às 19h30 (de Brasília), no Pacaembu. Para alegria da torcida, jogar longe de casa não vem sendo grande problema para o time mineiro, melhor visitante da competição - oito vitórias, quatro empates e cinco derrotas. 

Flu segura Vasco, vence clássico e mantém liderança



Jogando no Engenhão, o Fluminense conseguiu segurar a pressão do Vasco e venceu o clássico carioca por 1 a 0 neste domingo. A equipe cruzmaltina atacou na maior parte da partida, mas não conseguiu superar a marcação adversária O triunfo obtido com gol de Tartá nos primeiros minutos do jogo deixa os tricolores na liderança do Campeonato Brasileiro.

O Flu contava com esse triunfo, uma vez que Cruzeiro e Corinthians, seus principais adversários na briga pelo título, também venceram suas partidas. A equipe do técnico Muricy Ramalho chegou a 61 pontos, uma mais que os rivais. Já o Vasco segue para um fim de campeonato melancólico. Está na 11ª posição, com 45 pontos.

Ainda com seus já tradicionais desfalques no ataque (Emerson e Fred buscam recuperação física), o Flu teve Tartá ao lado de Washington na frente. Diguinho foi outra ausência, este por suspensão, sendo substituído por Valencia.

No Vasco, Éder Luis era dúvida, mas veio a campo ao lado de Nunes e Jonathan. Sem o suspenso Zé Roberto, Felipe precisou ficar encarregado pela armação da partida, tendo ainda o apoio de Fagner e Max pelas laterais.

O jogo

O jogo começou animado, com os dois times criando boas oportunidades cedo. Aos 2min, Nunes completou cruzamento de Jonathan e mandou a bola perto do travessão. Um minuto depois, o Flu respondeu com um gol. Washington cortou a marcação e chutou cruzado para a defesa de Ricardo Berna. Tartá chegou no rebote e empurrou para o fundo das redes.

Depois do gol, o jogo permaneceu aberto, com o Vasco buscando o empate. O time tricolor passou a aguardar em seu campo de defesa, esperando espaços na marcação rival. Aos 13min, Marquinho cabeceou e Fernando Prass fez defesa tranquila. O Flu ameaçou de novo sete minutos depois, em chute de Conca que foi espalmado pelo goleiro vascaíno.

As equipes abusavam dos erros de passe, o que facilitava o trabalho das defesas. Os tricolores eram mais contundentes, porém, chegando ao ataque com mais frequência. O Vasco teve boa chance aos 30min, depois de jogada de Fagner, mas Nunes foi travado na hora da finalização.

A equipe cruzmaltina aproveitou os últimos minutos para testar a defesa adversária. Aos 34min, Éder Luis cobrou falta e Cesinha cabeceou, mas Lomba fez boa defesa. Seis minutos depois, Felipe arriscou chute de fora da área e a bola passou perto da trave. Aos 43min foi a vez de Max ameaçar em finalização que passou à direita do gol de Berna.

Etapa complementar

O segundo tempo começou truncado, sem boas chances de gol. A primeira chance saiu aos 7min, em cabeçada de Washington que ficou nas mãos de Prass. Quatro minutos depois, o Vasco respondeu quando Jonathan girou sobre a marcação e finalizou para a bela defesa de Berna.

Ciente de sua vantagem, o Fluminense atacava pouco, enquanto o Vasco tenta jogadas com Nunes na entrada da área. Depois que superou os erros de passe, o time cruzmaltino começou a criar mais perigo. Aos 20min, Dedé cabeceou fácil para a defesa de Berna.

Aos 21min, o Fluminense perdeu chance incrível de ampliar. Marquinho avançou sem marcação à área, mas demorou para chutar e foi travado antes da finalização. O Vasco seguiu com maior posse de bola depois do susto, mas sem dar muito trabalho a Berna.

Quem criou boa chance foi o Flu, que só não marcou aos 32min porque Washington finalizou de canela, mandando a bola pela linha de fundo. A pressão vascaína prosseguiu, e aos 36min Nunes chutou de primeira e acertou a trave esquerda de Berna. O time cruzmaltino seguiu atacando até o minuto final, mas não evitou a derrota.

O Fluminense ainda desperdiçou mais uma chance aos 48min. Conca arrancou à área, não finalizou e rolou para Washington. O centroavante também demorou para chutar e foi desarmado.

Bruno e Leandro Amaro ganham confiança de Felipão após vitória



O técnico Luiz Felipe Scolari utilizou a partida contra o Guarani, neste domingo, pelo Campeonato Brasileiro, como "vestibular" para peças que vinham sendo pouco utilizados no Palmeiras. E já admitiu que dois atletas conquistaram sua aprovação na vitória por 1 a 0: o goleiro Bruno e o zagueiro Leandro Amaro, que fez o gol.

"Não falo só pelo gol, mas o Leandro Amaro mostrou imposição física, personalidade. Agora sei que posso montar um sistema de três zagueiros quando for necessário, ele me dá confiança e foi o que mais lucrou nesta partida", disse Felipão.

Para Bruno, a boa atuação também traz um alento, já que o camisa 1 perdeu a condição de reserva imediato de Marcos em 2010. Deola ganhou espaço com as contusões dos companheiros e tem sido o titular do time alviverde.

"O Bruno entrou, fez duas defesas fantásticas, uma do Baiano que era 99% gol. Estou satisfeito em saber que poderei colocá-lo em determinados jogos", afirmou o treinador.

domingo, 7 de novembro de 2010

Corinthians mantém tabu, bate São Paulo e segue na cola do Flu



Em um duelo decisivo para os dois arquirrivais, o Corinthians bateu o São Paulo por 2 a 0 em pleno Morumbi, neste domingo, e seguiu na briga pela liderança do Campeonato Brasileiro. O time alvinegro soma 60 pontos, um de desvantagem para o Fluminense, quelevou a melhor contra o Vasco e segurou a primeira posição.

Mais do que seguir viva na briga pelo título nacional, a equipe do técnico Tite manteve um longo tabu contra os tricolores: a última vitória são-paulina no clássico foi no distante dia 11 de fevereiro de 2007. De lá para cá, foram sete vitórias alvinegras e quatro empates.

O Corinthians não se intimidou na casa do adversário e construiu o triunfo com um gol em cada tempo. Elias abriu o placar aos 39min da etapa inicial, enquanto Dentinho ampliou aos 39min da final. Com a derrota, o São Paulo permanece com 50 pontos, mais longe da briga por vaga na Libertadores.

Os dois times entraram em campo com novidades. Do lado tricolor, o técnico Paulo César Carpegiani decidiu escalar o jovem Diogo na vaga de Richarlyson na lateral esquerda, deixando no banco Renato Silva, que poderia ser improvisado no setor. Já para o lugar do suspenso Carlinhos Paraíba, outra revelação: Casemiro. No Corinthians, a surpresa foi Dentinho, que, recuperado de uma série de lesões, formou dupla de ataque com Ronaldo. Iarley foi para a reserva.

O início da partida foi eletrizante, com três chutes a gol em quatro minutos. O São Paulo arriscou duas vezes, mas quem levou mais perigo foi o Corinthians, com Ronaldo, que tabelou com Bruno César e viu a bola sair perto da trave esquerda de Rogério Ceni. Pouco depois, porém, o ritmo diminuiu, com ambas as equipes marcando forte.

O time alvinegro voltou a assustar aos 15min, em chute cruzado de Dentinho defendido pelo goleiro e capitão dos donos da casa. Logo em seguida, Ronaldo arriscou mais um chute de fora da área e errou o alvo. Já o São Paulo tentava furar a defesa rival, principalmente com investidas de Lucas, pela direita, mas não conseguia oferecer perigo à meta de Júlio César.

A tranquilidade do goleiro corintiano não duraria muito tempo. Aos 32min, Lucas exigiu boa defesa do rival em chute forte. Logo em seguida, mais duas intervenções: Jean mandou de fora da área e Júlio César defendeu. Ricardo Oliveira ainda cabeceou no rebote e o arqueiro segurou de novo. O clássico voltou a ficar movimentado, com os times se alternando no ataque, e os corintianos foram mais eficazes.

Aos 34min, Chicão cobrou falta com precisão e Rogério Ceni fez bela defesa. Cinco minutos depois, porém, o goleiro nada pôde fazer após Elias receber bom passe de Jucilei na área e chutar forte para abrir o placar. No intervalo, Carpegiani trocou Casemiro por Ilsinho, deslocando Jean para o meio-campo, e colocou Jorge Wagner na vaga de Diogo. E o São Paulo voltou pressionando.

Logo no começo, Ilsinho fez boa jogada individual, mas chutou fraco, facilitando o trabalho de Júlio César. Na base de cruzamentos, o time tricolor encurralava o rival no campo defensivo. Aos 13min, o lateral cobrou falta e Ricardo Oliveira chutou de primeira, para excelente defesa do goleiro corintiano. O Corinthians só chegou dois minutos depois. Elias pegou sobra da defesa, viu a bola passar de Rogério, mas não de Miranda, que afastou.

Os visitantes ainda assustaram em chute de Dentinho, que o goleiro tricolor espalmou para frente, antes que os dois técnicos mexessem nos times. Carpegiani trocou Fernandão por Marlos, enquanto Tite tirou Bruno César e mandou Danilo a campo. O São Paulo seguiu tentando pressionar, mas, diferentemente do início do segundo tempo, era neutralizado pela defesa alvinegra.

Tanto que a equipe só levantou novamente a torcida no Morumbi aos 34min. Jorge Wagner acertou chute de primeira de fora da área e Júlio César foi buscar no canto esquerdo. No entanto, os donos da casa sofreram um golpe fatal aos 39min: Alessandro fez grande jogada pela direita e cruzou para Dentinho balançar as redes e garantir três pontos e a manutenção do tabu no clássico paulista.

O Corinthians volta a campo no próximo sábado, quando faz no Pacaembu um duelo direto contra o Cruzeiro, que também tem 60 pontos, mas leva desvantagem nos critérios de desempate. Um dia depois, o São Paulo desafia o Vasco em São Januário.

Goleado, Ceará lamenta expulsão; Heleno pode ser punido



O Ceará já perdia por 2 a 0 quando Heleno fez falta dura na entrada da área e foi expulso. Na cobrança da falta, Fábio Rochemback marcou o terceiro dos cinco gols marcados pelo Grêmio na tarde deste sábado, no Olímpico. Após a partida, a expulsão do volante foi lastimada e já se cogita a possibilidade de punição a ele.

"Enfrentar o Grêmio com um jogador a menos é muito difícil. A equipe foi guerreira, mas não conseguimos jogar bem. Temos que fazer um jogo bom contra o Botafogo", declarou o capitão Geraldo, na saída do gramado.

"Eu acredito que o Heleno, ao procurar a expulsão, errou. Isso vai ter que ser passado para a diretoria, que vai tomar as atitudes que tiver que tomar", disse o técnico Dimas Filgueiras, dando a entender que o clube deve estudar uma forma de punir o jogador pelo ato prejudicial à equipe.

Além da questão disciplinas, Dimas promete estudar também a formação do time, que encara o Botafogo, em casa, na próxima rodada. "Que haverá mudanças, haverá. Mas com cabeça quente não podemos resolver nada", concluiu.

Ceará perde marcadores do meio-campo contra Botafogo



Além da goleada sofrida contra o Grêmio, o Ceará saiu com mais prejuízos do jogo da noite deste sábado disputado no estádio Olímpico, na cidade de Porto Alegre. O clube ganhou dois desfalques para a próxima rodada do Campeonato Brasileiro: os volantes Heleno e João Marcos.

A dupla de marcadores do meio-campo será obrigada a cumprir suspensão. No Sul, Heleno foi expulso, enquanto João Marcos levou o terceiro amarelo. Portanto, não enfrentam o Botafogo na quarta-feira à noite, no Castelão.

No Campeonato Brasileiro, independentemente dos resultados deste domingo no complemento da 34ª rodada, o Ceará está garantido em 12º lugar. O clube de Fortaleza soma 44 pontos.

Por enquanto, o Ceará deve se concentrar na briga por uma vaga à Copa Sul-Americana do ano que vem, já que está longe da zona do rebaixamento.

Cruzeiro supera "caldeirão" do Vitória e esquenta briga pela ponta



O Cruzeiro superou a forte pressão do Vitória neste domingo e colecionou importante resultado na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Jogando em Salvador, a equipe do técnico Cuca venceu por 1 a 0, com gol solitário de Thiago Ribeiro. Esta foi apenas a quarta derrota da equipe baiana no Barradão durante o torneio.

O triunfo deixa o Cruzeiro com 60 pontos, mesmo número que o Corinthians, que venceu o clássico com o São Paulo no Morumbi. Os mineiros aguardam o resultado do Fluminense para descobrir se assume a vice-liderança. Já o Vitória continua preocupado com o descenso, seguindo com 38 pontos.

Na próxima rodada, o Cruzeiro vai ao Pacaembu para fazer o esperado confronto com o Corinthians, em jogo fundamental na briga pelo título nacional. O jogo será no próximo sábado, às 19h30. O Vitória, por sua vez, visita o Guarani em Campinas, partida importante entre os candidatos ao rebaixamento.

Enfrentando muito desfalques por lesão, o Vitória contou com o retorno de Ramon neste domingo. O Cruzeiro, por sua vez, também teve ausências em Salvador. Cláudio Caçapa, Wellington Paulista e Leonardo Silva seguem fora por contusão, enquanto Fabrício ficou fora pelo terceiro cartão amarelo. O time ao menos teve o retorno de Marquinhos Paraná.

O jogo

Declaradamente insatisfeito com as últimas atuações de sua equipe, Cuca mudou a cara do Cruzeiro. Além da volta de Marquinhos Paraná na vaga do suspenso Fabrício, Rômulo atuou na vaga de Jonathan pela direita.

A intenção do treinador cruzeirense era liberar o avanço dos laterais, mas o time mineiro pouco utilizou-se deste artifício para chegar à frente durante o primeiro tempo. Sendo assim, a maior parte dos lances de perigo foi do Vitória. Aos 9min, Egídio cruzou, Kleber Pereira se antecipou a Edcarlos e mandou por cima. Vinte minutos depois, Ramón cobrou escanteio da esquerda, Henrique desviou contra a própria meta e Fábio fez linda defesa.

Quando o time rubro-negro vivia seu melhor momento na partida, Thiago Ribeiro aproveitou bobeira da defesa, invadiu a área pela direita e cruzou para o meio, onde estava o zagueiro Jonas, que tentou cortar de cabeça, tirou Viáfara da jogada e marcou contra. O árbitro Paulo Godoy Bezerra, porém, creditou o gol ao atacante.

No intervalo, Antônio Lopes mudou sua dupla de frente: Kleber Pereira e Adaílton por Henrique e Schwenck. No Cruzeiro, a mudança foi na lateral direita, com Jonathan no lugar de Rômulo. Por 20min, a equipe mineira dominou o jogo e deu trabalho à defesa rubro-negra, principalmente em jogadas de Thiago Ribeiro pela direita.

Insatisfeito, Antônio Lopes colocou o meia-atacante Elkeson na vaga de Egídio e lançou o time à frente para pressionar o rival. Aos 22min, Ramón cobrou falta da esquerda, Uellinton se antecipou a Gilberto e cabeceou no travessão. Para esfriar os ânimos dos anfitriões, Cuca trocou Diego Renan por Everton, aos 28min.

A equipe mineira conseguiu conter rapidamente conter o ímpeto dos baianos e voltou a tomar conta do jogo e, apesar de não impor grande pressão, continuou levando perigo com Thiago Ribeiro. No fim do jogo, Cuca ainda colocou Roger no lugar de Gilberto, mas o meia teve pouco tempo para criar alguma coisa.

Com "mistão", Palmeiras vence e deixa Guarani na degola



Nem a ausência de diversos titulares, como Danilo, Marcos Assunção, Lincoln e Kleber, impediu o Palmeiras de vencer o Guarani por 1 a 0 neste domingo, na Arena Barueri, e deixar o rival de Campinas em posição delicada na zona do rebaixamento a quatro rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro.

Uma das muitas novidades da equipe anfitriã, o zagueiro Leandro Amaro marcou de cabeça e decretou o triunfo alviverde aos 40min do primeiro tempo. Na equipe do técnico Vagner Mancini, fraco futebol e nervosismo foram a tona. Mazola e Apodi chegaram até a se desentender durante a partida.

Com o resultado, o Palmeiras mantém a décima colocação do Brasileiro, com 50 pontos. Na próxima quarta-feira, a equipe volta a campo para enfrentar o Atlético-MG, no Pacaembu, no jogo de volta das quartas de final da Copa Sul-Americana, prioridade dos comandados de Luiz Felipe Scolari nesta reta final de temporada.

O Guarani, em contrapartida, jogará todas suas forças no fim deste Brasileiro. Com a derrota, a equipe estacionou na 17ª colocação, com 36 pontos, mesmo número que o Atlético-MG, primeiro fora da zona da degola. No próximo domingo, o time de Vagner Mancini, que não vence há nove jogos e não marca há seis, faz duelo direto contra o Vitória, no Brinco de Ouro.

O Guarani iniciou o confronto neste domingo disposto a aproveitar os desfalques do Palmeiras. Apesar da maior posse de bola, criou sua primeira chance em uma cobrança de falta: Bruno desviou de forma providencial a conclusão de Baiano por cima da barreira.

Contudo, a partida não empolgava na parte técnica. Sem criação dos dois lados, os chutes de longa distância viraram a principal opção. Os goleiros Bruno (Palmeiras) e Emerson (Guarani) esbanjavam segurança.

A lentidão das equipes deixou, aliás, a partida sonolenta em vários momentos. O nível melhorou apenas pouco antes do intervalo. Aos 36min, Bruno trabalhou novamente com eficiência em mais uma bomba venenosa de Baiano.

O Palmeiras respondeu de forma mais objetiva e abriu o placar. Aos 41min, Vitor bateu falta da direita e encontrou Leandro Amaro na área. Marcado pelo baixinho Apodi, o zagueiro encontrou facilidade para completar no canto esquerdo de Emerson.

Para o segundo tempo, o Guarani adotou uma formação mais ofensiva, com Geovani no lugar de Renan. Só que o time visitante seguia sem sucesso na ligação entre o meio-campo e o ataque.

Com novas alterações, os técnicos tentaram dar emoção a um jogo que não conseguia empolgar. Porém, até o apito derradeiro do árbitro Guilherme Cereta de Lima, o lance mais perigoso foi uma falta de longe cobrada por Fabrício. Portanto, o jogo terminou mesmo com triunfo palmeirense.

Botafogo fica no zero com Avaí e aumenta distância de líderes



Em uma partida de muitas chances desperdiçadas, Avaí e Botafogo empataram sem gols neste domingo, na Ressacada, em um resultado que não foi bom para nenhum dos times. Na quarta colocação do Campeonato Brasileiro, os cariocas viram Corinthians e Cruzeiro vencerem suas partidas, e ficaram mais longes da briga pelo título; já os catarinenses seguem na zona de rebaixamento.

O 0 a 0 deixou o Botafogo com 55 pontos, a três do Fluminense - que ainda enfrenta o Vasco nesta rodada - e a cinco de cruzeirenses e corintianos. Já o Avaí foi a 34 pontos, dois atrás do Atlético-MG, primeiro time fora da degola.

As duas equipes vieram a campo com esquemas de três zagueiros e pareciam mais confortáveis em esperar o adversário para sair no contra-ataque do que em tomar a iniciativa do jogo. Aos 5min, Edno errou passe no meio, os catarinenses roubaram a bola e chegaram com um chute perigoso de Válber.

Mesmo em casa,era o Avaí quem mais se plantava na defesa e saía rapidamente no contragolpe. Aos 13min, o zagueiro Rafael subiu ao ataque e arriscou de longe para defesa tranquila de Jefferson.

Diante da marcação sólida do adversário, o Botafogo sofria para criar jogadas e forçava Loco Abreu a recuar, dificultando os ataques alvinegros. O primeiro lance de perigo dos cariocas foi aos 25min, na bola parada: Lucio Flavio ergueu na área e Antônio Carlos cabeceou firme, mas o goleiro Zé Carlos praticou a defesa.

A melhor chance botafoguense da primeira etapa caiu nos pés de Loco Abreu aos 32min. Alessandro lançou Jobson na direita, o atacante escapou da marcação e tocou para o meio da área, onde o uruguaio chegou batendo de primeira e desviou por cima do travessão.

O segundo tempo começou da mesma forma como terminou o primeiro: o Avaí se encolhendo na defesa e aproveitando a velocidade dos meias para sair no contragolpe. Aos 3min, Válber entrou driblando na área e se jogou pedindo pênalti, corretamente não marcado. Na sequência, o Botafogo contra-atacou e Lucio Flavio aproveitou sobra para finalizar, mas para fora.

Os catarinenses tinham as melhores oportunidades, mas erravam no último passe. Joel Santana tentou dar mais agressividade ao Botafogo com Renato Cajá e Caio nas vagas de Lucio Flavio e Alessandro, mas o time visitante seguia sem inspiração. Do outro lado, Benazzi desmontou o sistema com três zagueiros colocando o meia Jéferson o lugar de Bruno Silva, mas o time seguiu perdendo chances até o apito final.

Flu segura Vasco, vence clássico e mantém liderança



Jogando no Engenhão, o Fluminense conseguiu segurar a pressão do Vasco e venceu o clássico carioca por 1 a 0 neste domingo. A equipe cruzmaltina atacou na maior parte da partida, mas não conseguiu superar a marcação adversária O triunfo obtido com gol de Tartá nos primeiros minutos do jogo deixa os tricolores na liderança do Campeonato Brasileiro.

O Flu contava com esse triunfo, uma vez que Cruzeiro e Corinthians, seus principais adversários na briga pelo título, também venceram suas partidas. A equipe do técnico Muricy Ramalho chegou a 61 pontos, uma mais que os rivais. Já o Vasco segue para um fim de campeonato melancólico. Está na 11ª posição, com 45 pontos.

Ainda com seus já tradicionais desfalques no ataque (Emerson e Fred buscam recuperação física), o Flu teve Tartá ao lado de Washington na frente. Diguinho foi outra ausência, este por suspensão, sendo substituído por Valencia.

No Vasco, Éder Luis era dúvida, mas veio a campo ao lado de Nunes e Jonathan. Sem o suspenso Zé Roberto, Felipe precisou ficar encarregado pela armação da partida, tendo ainda o apoio de Fagner e Max pelas laterais.

O jogo

O jogo começou animado, com os dois times criando boas oportunidades cedo. Aos 2min, Nunes completou cruzamento de Jonathan e mandou a bola perto do travessão. Um minuto depois, o Flu respondeu com um gol. Washington cortou a marcação e chutou cruzado para a defesa de Ricardo Berna. Tartá chegou no rebote e empurrou para o fundo das redes.

Depois do gol, o jogo permaneceu aberto, com o Vasco buscando o empate. O time tricolor passou a aguardar em seu campo de defesa, esperando espaços na marcação rival. Aos 13min, Marquinho cabeceou e Fernando Prass fez defesa tranquila. O Flu ameaçou de novo sete minutos depois, em chute de Conca que foi espalmado pelo goleiro vascaíno.

As equipes abusavam dos erros de passe, o que facilitava o trabalho das defesas. Os tricolores eram mais contundentes, porém, chegando ao ataque com mais frequência. O Vasco teve boa chance aos 30min, depois de jogada de Fagner, mas Nunes foi travado na hora da finalização.

A equipe cruzmaltina aproveitou os últimos minutos para testar a defesa adversária. Aos 34min, Éder Luis cobrou falta e Cesinha cabeceou, mas Lomba fez boa defesa. Seis minutos depois, Felipe arriscou chute de fora da área e a bola passou perto da trave. Aos 43min foi a vez de Max ameaçar em finalização que passou à direita do gol de Berna.

Etapa complementar

O segundo tempo começou truncado, sem boas chances de gol. A primeira chance saiu aos 7min, em cabeçada de Washington que ficou nas mãos de Prass. Quatro minutos depois, o Vasco respondeu quando Jonathan girou sobre a marcação e finalizou para a bela defesa de Berna.

Ciente de sua vantagem, o Fluminense atacava pouco, enquanto o Vasco tenta jogadas com Nunes na entrada da área. Depois que superou os erros de passe, o time cruzmaltino começou a criar mais perigo. Aos 20min, Dedé cabeceou fácil para a defesa de Berna.

Aos 21min, o Fluminense perdeu chance incrível de ampliar. Marquinho avançou sem marcação à área, mas demorou para chutar e foi travado antes da finalização. O Vasco seguiu com maior posse de bola depois do susto, mas sem dar muito trabalho a Berna.

Quem criou boa chance foi o Flu, que só não marcou aos 32min porque Washington finalizou de canela, mandando a bola pela linha de fundo. A pressão vascaína prosseguiu, e aos 36min Nunes chutou de primeira e acertou a trave esquerda de Berna. O time cruzmaltino seguiu atacando até o minuto final, mas não evitou a derrota.

O Fluminense ainda desperdiçou mais uma chance aos 48min. Conca arrancou à área, não finalizou e rolou para Washington. O centroavante também demorou para chutar e foi desarmado.

Atlético-PR impõe 1ª derrota de Luxemburgo no Fla e mantém sonho



O objetivo do Atlético-PR de conquistar uma vaga na Copa Libertadores de 2011 segue vivo. Neste domingo, a equipe da capital paranaense venceu por 1 a 0 o Flamengo, em Volta Redonda, e voltou a se aproximar do G-4 do Campeonato Brasileiro. Paulo Baier marcou o gol que definiu a primeira derrota da equipe carioca sob o comando do técnico Vanderlei Luxemburgo.

O resultado levou a equipe de Curitiba a 53 pontos, na quinta colocação, apenas dois atrás do Botafogo - primeiro time dentro da zona de classificação para a competição continental. Já o time da Gávea parou nos 40 pontos e está apenas quatro acima da degola.

Novidade no time titular do Flamengo, o jovem meia Negueba quase abriu o placar aos 2min. Val Baiano tentou ajeitar na entrada da área e a bola sobrou para o garoto, que chegou batendo, mas pegou muito mal na bola e mandou longe. Os visitantes responderam no minuto seguinte, em tabela que terminou com finalização para fora de Paulo Baier.

Mesmo com Deivid, aberto pela direita, fazendo partida muito apagada, as melhores jogadas dos cariocas nasciam por aquele lado. Aos 8min, Léo Moura entrou na área, limpou o zagueiro duas vezes e chutou por cima do travessão. O jogo era aberto e, aos 16min, Vítor saiu cara a cara com Marcelo Lomba, mas chutou em cima do goleiro flamenguista e perdeu chance incrível.

No banco, Luxemburgo reclamava muito da arbitragem e de seus jogadores - tanto que acabou advertido pelo juiz José Henrique de Carvalho. Em campo, o jogo era fraco tecnicamente. Aos 31min, boa jogada individual de Negueba: o garoto partiu para o drible na entrada da área e limpou a jogada, mas voltou a chutar muito mal.

O Atlético-PR abriu o placar aos 39min. Guerrón deu passe para Nieto na área e o centroavante argentino foi derrubado por um carrinho de Maldonado. Paulo Baier foi para a cobrança do pênalti e chutou forte no meio do gol, deixando os curitibanos em vantagem.

Os comandados de Sérgio Soares recuaram no segundo tempo, mas o Flamengo seguiu sem inspiração na frente, sem conseguir criar lances perigosos. A primeira chegada foi só aos 16min, quando Renato Abreu chutou e a bola passou perto do travessão do goleiro Neto.

O time paranaense tentava administrar a vantagem, mas seguia tomando sustos. Aos 27min, Marquinhos recebeu e chutou rasteiro, para boa defesa de Neto. Com 39min, Renato levantou na segunda trave e Diego Maurício bateu de primeira, exigindo intervenção espetacular do goleiro atleticano, convocado por Mano Menezes para a Seleção Brasileira.

Recuado, os visitantes não conseguiam sair do campo de defesa. O Flamengo pressionou até o apito final, mas não conseguiu converter em gols o sufoco que impôs à retaguarda adversária.

Prudente vira sobre Goiás e evita rebaixamento antecipado



O lanterna Grêmio Prudente saiu perdendo neste domingo, em casa, diante do penúltimo colocado Goiás, mas conseguiu a virada por 4 a 1 e evitou, pelo menos por enquanto, uma queda antecipada à Série B do Campeonato Brasileiro. João Vítor, Willian, Wesley e Rhayner marcaram para os anfitriões, enquanto Rafael Moura descontou.

O resultado levou a equipe do interior paulista a 27 pontos, ainda em último lugar e com chances mínimas de evitar o descenso. Já os goianos pararam nos 31 pontos e também estão em situação complicada. Faltando quatro rodadas, o primeiro time fora da degola é o Atlético-MG, que soma 36 pontos.

Apostando em um esquema de três homens na frente, com Jones e Éverton Santos apoiando o centroavante Rafael Moura, o Goiás começou melhor e abriu o placar logo aos 6min. Após bola levantada na área, foi exatamente Rafael Moura quem subiu para desviar de cabeça e desanimar, logo de cara, o pequeno público presente ao Prudentão.

O time goiano chegou novamente aos 20min, quando Carlos Alberto bateu cruzado para boa defesa do goleiro Sidney, mas os donos da casa equilibraram a partida e empataram no minuto seguinte. Willian ajeitou para João Vítor, que chutou firme e marcou um belo gol para deixar tudo igual.

Pouco antes do intervalo, o Goiás teve grande chance de voltar a ficar na frente. Aos 43min, Éverton Santos recebeu dentro da área e bateu cruzado, mas Sidney fez grande defesa; na sequência do lance, Rafael Moura finalizou forte, mas sem direção.

O castigo para os esmeraldinos veio logo aos 6min da segunda etapa. Wesley cruzou da esquerda e Willian entrou de cabeça para virar o jogo em favor dos anfitriões. A situação do Goiás ficou ainda mais complicada aos 14min, quando Rafael Toloi reclamou com a arbitragem, levou cartão amarelo, continuou protestando e acabou expulso de campo.

O terceiro dos paulistas veio aos 21min. Em contra-ataque rápido, João Vítor bateu para defesa parcial de Harlei; no rebote, Wesley apareceu com oportunismo para aumentar a vantagem do Grêmio Prudente.

O time da casa diminuiu o ritmo, mas ainda encontrou tempo para fazer mais um aos 41min. O garoto Rhayner, que havia entrado minutos antes, recebeu lançamento, ganhou da zaga na velocidade e chutou bem, sem chances para Harlei, fechando a goleada.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Muricy mantém aposta em Washington: "não desisto de um atleta"



O empate por 0 a 0 diante do Internacional em Porto Alegre na noite desta quarta-feira e a manutenção do jejum de gols do atacante Washington no Fluminense parecem não ter mudado o pensamento de Muricy Ramalho nesta reta final do Campeonato Brasileiro. Assim como já havia feito nas últimas semanas, o treinador voltou a dar força a seu atacante após passar mais uma partida em branco e explicou a opção por Tartá para formar o ataque diante da equipe colorada.

"O Tartá é um jogador de contra-ataque e precisávamos de um velocista na frente para tentar surpreender. Nunca podemos desistir de um atleta. O Washington é um jogador que briga sempre, estava com dor no ombro e lutou até o fim. Isso aqui é um plantel. Se desistirmos de um, os outros sentem que você não tem firmeza. Aceito os críticas, estou sempre vendo os programas esportivos, mas não desisto do atleta. Estou com eles até o final", disse.

Nem mesmo a aproximação do Corinthians do topo, agora separados por apenas um ponto (58 a 57), serve para deixar Muricy desanimado com o empate do Beira-Rio. Após a partida, o treinador tratou de deixar lamentações de lado para comemorar o ponto conquistado no sul do País. Para o ex-são-paulino, o resultado desta quarta-feira foi fundamental na estratégia rumo ao título brasileiro.

"Tentamos armar o time da melhor maneira possível. Empatar aqui não é facil, tivemos chances de fazer o gol, mas não conseguimos. Eles estão se esforçando ao máximo para suprir as ausências e mais uma vez correram demais em campo. Acho que foi positivo pelas circunstâncias. Do outro lado tinha uma grande equipe e o mais importante é sempre somar. Se somarmos fora e vencermos em casa vamos nos manter na disputa do título. Acho que só vai decidir na última rodada", afirmou Muricy.

Corinthians goleia Avaí, vira vice-líder e encosta no Flu



Uma goleada para pressionar Fluminense e Cruzeiro. Foi com isso que o Corinthians saiu do Pacaembu, nesta quarta-feira, após enfiar 4 a 0 em um decadente Avaí no Campeonato Brasileiro. Ronaldo, duas vezes, além de Elias e Bruno César, construíram o triunfo da equipe comandada por Tite, agora segunda colocada.

Com bastante segurança ao longo de toda a partida, o Corinthians não foi ameaçado por um rival acuado e sem confiança. Firme na defesa, atacou de forma ordenada e contou com Elias, principalmente, em um dia de rara inspiração. Ronaldo, com dois gols no fim, também saiu do Pacaembu com a sensação do dever cumprido.

Assim, beneficiado pelo rival São Paulo que bateu o Cruzeiro, o Corinthians se aproximou do Fluminense, ainda o primeiro colocado. Com os três pontos conquistados no Pacaembu, os corintianos agora vão a 57 pontos - o Flu de Muricy tem 58 e os cruzeirenses também têm 57. Já o Avaí vê o fantasma da queda cada vez mais próximo: antepenúltimo, tem 33 pontos. Faltam cinco jogos para o fim do Brasileiro.

Agora, o Corinthians se concentra para domingo, quando vai até o Morumbi enfrentar o São Paulo, que lhe ajudou nesta quarta e sonha com o G-4, às 17h (de Brasília). No mesmo horário, o encurralado Avaí recebe o Botafogo, que tem três vitórias consecutivas, na Ressacada.
 
A tranquila vitória corintiana

Concentração e posicionamento seguro. Foi principalmente com essas características que, no primeiro tempo, o Corinthians de Tite construiu sua vantagem sobre o Avaí, que chegou ao Pacaembu recheado de desfalques, especialmente o ala Eltinho e o atacante Roberto, e com uma disposição forte para a marcação. Ao fim de 45 minutos, os catarinenses sequer haviam exigido uma defesa de Julio Cesar.

Verdade seja dita, a primeira situação de razoável risco foi para o Avaí, mas o auxiliar injustamente assinalou impedimento de Vandinho, que partia na cara de Julio. Depois desse lance, o Corinthians foi se assentando em campo e, com dificuldades devido ao empenho do adversário, foi em busca do ataque.

Com 11min, Ronaldo apareceu bem pela entrada da área e teve a chance de finalizar, mas bateu sem a força necessária. Com dificuldades de se aproximar, o Corinthians só conseguia ameaçar de longe. Chicão teve a chance em uma falta, mas acertou na barreira. Até que, aos 19min, Bruno César recebeu a alguns metros da grande área e resolveu arriscar: acertou na mosca o ângulo e tirou o zero do placar do Pacaembu.

Apesar da vantagem, o Corinthians não encontrou muitos espaços para dobrar sua vantagem. Fruto do posicionamento conservador da equipe e da marcação do Avaí, sempre com nove homens atrás da linha da bola. Robson teve a chance em cobrança de falta, mas isolou por cima do gol. O pior para ele, ex-jogador do Santos, aconteceu logo depois. Com cartão amarelo, tentou cortar um passe corintiano com a mão e foi para o chuveiro ainda antes do intervalo.

O Corinthians, aí sim, começou a criar mais. Ronaldo teve boa jogada pela esquerda, mas a zaga cortou. Depois, Bruno César arriscou falta de longe, e chegou a levar algum perigo a Zé Carlos. A boa chance de fazer o segundo, porém, foi com Iarley aos 42min: Elias fez lindo lance combinado com Bruno e deixou o atacante livre para marcar. Iarley errou o domínio e jogou a chance no lixo. De mal com as redes, ainda teve de ouvir a torcida gritar por Dentinho, no banco de reservas após longa ausência.

A superioridade numérica, principalmente, fez o Corinthians se soltar. Elias passou a não ter quem marcar, já que Robson fora expulso, e também teve mais espaço para chegar à frente. Aos 10min, se lançou e deixou Ronaldo na cara de Zé Carlos, que fechou os espaços e impediu o arremate.

De novo, Elias chegou ao ataque e passou para Iarley - sem sorte, o atacante viu o passe sair forte demais. Era a senha para a torcida gritar Dentinho pela terceira vez. Tite atendeu o pedido, então, logo depois, aos 17min.

O time seguiu na mesma toada em busca do gol que confirmaria a vitória. E ele chegou aos 20min em lance precioso de Alessandro. Lançado na direita, o lateral deu drible da vaca em Pará e cruzou para Elias entrar de primeira e estufar as redes do Avaí.

O Avaí estava entregue, nas cordas, e se tornou presa fácil para o cada vez mais confiante time do Corinthians. Roberto Carlos, logo depois, cobrou linda falta que balançou a rede superior da trave defendida por Zé Carlos. O que faltava para coroar a noite dos anfitriões, enfim, ocorreu aos 39min.

Roberto recebeu na entrada da área e só rolou para Ronaldo, com precisão milimétrica, bater no canto e correr para os abraços. O Pacaembu, que gritara como se fosse alvinegro o segundo gol são-paulino contra o Cruzeiro, foi ao delírio.

Ainda houve tempo para Dentinho cavar pênalti na área e justificar sua entrada em campo. Revoltado, o Avaí reclamou como nunca. Ronaldo pegou a bola e fez outro, transformando em goleada a vitória do Corinthians.

Botafogo cochila, mas bate Atlético-GO e alimenta sonho de título



O Botafogo segue na briga pelo título do Campeonato Brasileiro de 2010. Nesta quarta-feira, o time de Joel Santana venceu o Atlético-GO por 3 a 2, no Engenhão, se consolidou no G-4 e diminuiu a diferença para os líderes da competição. Caio, Jobson e Loco Abreu marcaram os gols da vitória, enquanto Juninho e Robston descontaram no final.

O resultado manteve a equipe alvinegra na quarta colocação, com 54 pontos - quatro a menos que o líder Fluminense, que empatou por 0 a 0 com o Internacional no Beira-Rio. Já o Atlético-GO, com 36 pontos, está apenas um acima da zona do rebaixamento.

Após um primeiro tempo de poucas chances claras, em que o time goiano buscou atuar no contragolpe, o Botafogo conseguiu abrir o placar aos 44min. Caio, que foi escalado por Joel Santana na ala direita, apareceu de surpresa na área dos visitantes e recebeu ótimo levantamento de Marcelo Mattos antes de cabecear com categoria no canto do goleiro Márcio.

Na segunda etapa, os cariocas só levaram três minutos para ampliar. Jobson recebeu de Somália e, livre dentro da área, bateu forte de perna esquerda para estufar as redes do Atlético-GO mais uma vez.

Dominando o jogo, a equipe alvinegra chegou ao terceiro aos 20min. Lucio Flavio foi segurado e empurrado na área por Pituca e o árbitro Heber Roberto Lopes marcou pênalti. Loco Abreu foi para a cobrança e bateu no meio do gol, deixando os botafoguenses confortáveis na partida.

O Botafogo desacelerou e os goianos conseguiram diminuir aos 37min. Juninho fez boa jogada na área pela esquerda, driblou o zagueiro e bateu rasteiro; a bola desviou na defesa e enganou o goleiro Jefferson. Já nos minutos finais, Robston fez o segundo, mas era tarde para uma reação.

Santos volta a vacilar em casa e empata com o Vitória



A torcida do Santos voltou a ser decepcionada na Vila Belmiro. Depois de tomar a virada do lanterna Grêmio Prudente, nesta quarta-feira a equipe paulista se complicou com outro time que luta contra o descenso. O resultado foi um empate por 1 a 1 com o Vitória, que deixa o Santos com chances mínimas de lutar pelo título do Campeonato Brasileiro.

Neymar abriu o placar para a equipe da casa ainda no primeiro tempo, aos 30min, e o empate veio sete minutos depois, com o atacante Júnior.

Com o resultado, o Santos segue com 50 pontos, distante oito do Fluminense, que briga pela ponta com o Cruzeiro. É o quarto jogo seguido sem triunfo para o time alvinegro. Já o Vitória alcança 38 pontos, um pouco mais distante da zona do rebaixamento.

Na partida desta quarta, a equipe da Vila Belmiro contou pela primeira vez com seu quarteto de ataque formado por Neymar, Zé Eduardo, Alan Patrick e Marquinhos. A formação, porém, não surtiu efeito para superar a defesa baiana mais de uma vez.

O jogo

O Santos começou melhor a partida, mantendo a posse de bola no meio de campo, mas sem achar espaços na defesa do Vitória. A primeira boa chance saiu aos 12min, em chute cruzado de Zé Eduardo que foi defendido por Viáfara. A resposta do time visitante saiu aos 24min, quando Viáfara cobrou falta na entrada da área e mandou por cima do gol de Rafael.

Com um toque de bola mais cadenciado, o time da casa tinha dificuldades para furar o bloqueio defensivo dos rubro-negros. Só que, aos 34min, Neymar conseguiu esse feito e abriu o placar. Após boa jogada coletiva, que teve as participações dos dois meias da equipe, Alan Patrick e Marquinhos, o camisa 11 ficou frente a frente com Viáfara, escolheu o canto direito para bater, deslocando o goleiro do Vitória e colocando os alvinegros em vantagem no marcador.

Mas a resposta dos baianos, que até então se arriscavam pouco no ataque, não demorou a surgir. Aos 40min, o lateral direito Nino Paraíba fez grande jogada individual e cruzou para Júnior, que driblou Edu Dracena, antes de finalizar a bola para o fundo do gol, sem chances para Rafael.

Após a volta do intervalo, o panorama do duelo continuou o mesmo, com o Santos buscando o gol, só que sofrendo com a lentidão na transição entre a defesa e o ataque de seu meio-campo. Mesmo assim, o time da casa poderia ter chegado ao seu segundo gol, aos 16min, caso Zé Eduardo tivesse aproveitado o lançamento que recebeu e finalizado no gol. O atleta, porém, mandou a bola ao lado do gol de Viáfara.

Insatisfeito com o rendimento do seu time, aos 18min, o técnico interino santista, Marcelo Martelotte, resolveu sacar o meia Alan Patrick para a entrada do centroavante Keirrison, passando a jogar com três atacantes. No minuto seguinte, Antonio Lopes, do Vitória, também mexeu, trocando um meia pelo outro: Renato no lugar de Elkeson. Aos 26min, foi a vez de Lopes sacar Adaílton para a entrada de Henrique.

Sem nenhuma modificação com relação ao padrão de jogo de sua equipe, aos 32min, Martelotte resolveu tirar Zé Eduardo para a entrada de mais um centroavante, Marcel, procurando explorar um pouco mais as jogadas de bola aérea.

Pouco depois, a situação dos rubro-negros ficou mais complicada na partida, com a expulsão de Thiago Martinelli, aos 36min. Com isso, Antonio Lopes teve que recompor a sua defesa, sacando o lateral esquerdo Egídio para a entrada do zagueiro Gabriel. No Santos, Marcelo Martelotte substituiu Danilo por Maranhão.

No entanto, o Vitória soube segurar o ímpeto dos santistas, apesar da pressão com um jogador a menos, até o apito final do árbitro.

São Paulo vence, tira Cruzeiro do 2º lugar e mantém G-4 na mira



Jogando em Uberlândia, o Cruzeiro recebeu o São Paulo e foi derrotado por 2 a 0, vendo a disputa pelo título do Campeonato Brasileiro ficar mais complicada. A derrota desta quarta-feira deixa o time mineiro na terceira colocação do Campeonato Brasileiro, com 57 pontos, caindo da segunda posição. Já o time paulista mantém o sonho por uma vaga na Copa Libertadores, estando com 50 pontos em 10º.

Lucas abriu o placar para o São Paulo, e Rogério Ceni completou. O gol do goleiro saiu em cobrança de pênalti inexistente, em que Ricardo Oliveira caiu fora da área ao ser marcado por Edcarlos.

Contando com desfalques oriundos de problemas físicos, o Cruzeiro ao menos teve seu meio de campo criativo principal, formado por Gilberto e Montillo. Na frente, Robert substituiu o lesionado Wellington Paulista para formar o ataque com Thiago Ribeiro.

No São Paulo, o técnico Paulo César Carpegiani escalou a equipe que encontrou resultados positivos na última rodada. Dagoberto, Ricardo Oliveira e Lucas formaram um trio ofensivo com Fernandão jogando avançado no meio de campo. À frente da defesa, Carlinhos Paraíba e Rodrigo Souto compuseram a dupla de volantes.

O jogo

A partida começou animada, reflexo da postura ofensiva das duas equipes. Aos 4min, Montillo alçou bola na área e Richarlyson subiu para tirar. O São Paulo teve boa chance aos 8min, quando Rogério Ceni foi cobrar falta, mas o goleiro acertou a barreira. Impulsionado pela torcida, o Cruzeiro melhorou, trocando passes velozes para chegar à área.

Aos 16min, a equipe celeste teve grande chance quando Montillo cruzou rasteiro pela direita e Robert tentou de letra, mas finalizou para fora. O São Paulo apostava nos contra-ataques, procurando a presença de Ricardo Oliveira na frente. Aos 29min, Miranda completou cobrança de falta de Dagoberto e estufou as redes, mas o lance foi corretamente anulado por impedimento.

O Cruzeiro voltou a ter boa oportunidade aos 39min, com finalização enjoada de Thiago Ribeiro que exigiu defesa em dois tempos de Ceni. Ainda que não tivesse o controle do meio de campo, era o São Paulo quem criava as chances mais claras. Aos 42min, Dagoberto saiu na cara do gol, mas tentou mandar por cima de Fábio em vez de finalizar com força, facilitando o trabalho da zaga.

No segundo tempo, o Cruzeiro voltou melhor, apertando o adversário em seu campo de defesa e apostando na bola aérea. Quem marcou, porém, foi o São Paulo, logo aos 7min. Lucas arrancou pelo meio de campo, tabelou com Dagoberto, driblou Fábio e tocou para o fundo das redes para fazer um belo gol. Depois de ser vazada, a equipe da casa não abaixou a cabeça, iniciando nova pressão.

Montillo era quem liderava os ataques cruzeirenses, que paravam na defesa são-paulina. O argentino arriscava passes em profundidade e cruzamentos. No contra-ataque, os paulistas surgiram bem aos 14min com Ricardo Oliveira, que avançou pela esquerda e cruzou para o desarme de Edcarlos.

Aos 17min, Montillo cobrou falta e Rogério agarrou. Quatro minutos depois, o goleiro fez nova boa defesa em chute de Fabrício. No minuto seguinte, foi a vez de Fernandão evitar o gol do Cruzeiro, tirando bola na linha. Para dar nova inspiração ao time, Cuca lançou Roger no lugar de Gilberto, enquanto Carpegiani substituiu Fernandão por Renato Silva para reforçar a marcação.

Aos 34min, Ricardo Oliveira tentou jogada fora da área e caiu dentro dela ao ser marcado por Edcarlos. A arbitragem, porém, viu pênalti, para a irritação da equipe da casa. Rogério Ceni foi para a cobrança e fez seu 92º gol na carreira, o sexto contra o Cruzeiro. A equipe da casa seguiu ameaçando nos minutos finais, mas parou nas boas defesas de Ceni.

Em jogo movimentado, Ceará e Flamengo empatam em Fortaleza



O Flamengo foi ao Castelão, nesta quarta-feira, em jogo válido pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2010 e arrancou um empate por 2 a 2 diante do Ceará. O time de Vanderlei Luxemburgo marcou com os zagueiros Welinton e Ronaldo Angelim. Magno Alves fez os dois da equipe cearense.

Mesmo fora de casa, o Flamengo começou partindo para o ataque e, logo aos 2 minutos, abriu o placar com Welinton. Em cobrança de escanteio de Correa, o goleiro Michel Alves furou, e a bola, após bate-rebate na defesa, sobrou nos pés do camisa 23, que tocou de bico para o fundo da rede: 1 a 0.

Após o gol o Flamengo recuou demais e deu espaços ao Ceará, que assustou bastante, principalmente com Magno Alves. Em sua primeira chegada perigosa, o atacante limpou a marcação e, de fora da área, bateu rasteiro, no pé da trave. Na segunda, aproveitou falha de Marcelo Lomba, que saiu mal em cruzamento e rebateu a bola em seus pés, e fuzilou para empatar, aos 27 minutos.

Vanderlei Luxemburgo não mexeu no time para o segundo tempo, e o Flamengo continuou desorganizado em campo. Mesmo assim, aos 11 minutos, conseguiu um bom ataque. Deivid passou por dois marcadores na ponta direita e levou à linha de fundo. O camisa 99 cruzou para a área, mas Diogo não conseguiu alcançar a bola para escorar e balançar a rede.

Aos 17 minutos, o técnico rubro-negro tirou Diogo e Diego Maurício para colocar Marquinhos e Val Baiano. Dessa forma, o primeiro compôs o meio de campo, e o camisa 99 passou a fazer a função de segundo atacante, em um 4-4-2 mais tradicional. O time da Gávea seguiu buscando o jogo e foi premiado logo em seguida, aos 22 minutos. Renato dominou, cruzou da direita e Ronaldo Angelim surgiu na área para cabecear e fazer 2 a 1. Criado no Ceará e ídolo do Fortaleza, maior rival do adversário desta noite, o zagueiro comemorou muito o gol.

A equipe cearense sentiu o gol e pouco conseguiu produzir. Antes do fim, Luxemburgo mexeu de novo, colocando Fernando em campo. O volante quase marcou o terceiro, aos 33, ao cabecear parea o gol, aproveitando novo cruzamento. Eusébio salvou em cima da linha. Mas o goleiro rubro-negro falharia mais uma vez para que o Ceará chegasse ao empate. Aos 36, após chute cruzado da direita, o arqueiro espalmou nos pés de Magno Alves, que, novamente, deixou tudo igual.

Com o resultado, o Flamengo chegou a 40 pontos e manteve a distância do Ceará. A diferença entre os dois é de apenas quatro pontos, já que a equipe cearense possui 44. Os dois times estão no meio da tabela e têm como único objetivo na competição a classificação para a Copa Sul-Americana.

Atlético-MG e Guarani empatam e seguem à beira da degola



O Guarani recebeu o Atlético-MG, nesta quarta-feira, no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas (SP), e não saiu do zero com a equipe mineira. O empate mantém as duas equipes em situação perigosa na competição.
Com o resultado, o Atlético-MG chega a 35 pontos e fica mais uma rodada na zona do rebaixamento. Já o Guarani, uma posição acima do time de Dorival Júnior, continua ameaçado pelo fantasma do rebaixamento, com 36 pontos.

O jogo, válido pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro 2010, foi bem movimentado e aparentava um placar elástico, mas a falta de pontaria dos atacantes acabou prejudicando o espetáculo.

O Guarani começou melhor o primeiro tempo, tomando a iniciativa e se lançando mais ao ataque. Mesmo com o bom início da equipe de Campinas, o Atlético-MG conseguiu igualar o jogo e, aos 14min, Edison Mendez arrematou de fora da área, exigindo boa defesa de Emerson que, no rebote, precisou de outra grande intervenção, parando chute de Obina.

Ainda na primeira etapa, o Guarani retomou o controle da partida e Baiano tentou um difícil chute de primeira, mas parou em Renan Ribeiro, que fez segura defesa.

No segundo tempo o jogo voltou a ficar mais equilibrado. Só que, diferente do início da partida, mais brigado no meio de campo. Os cartões começaram a aparecer e as equipes pouco conseguiam ameaçar. As únicas chances vinham nas bolas paradas. Em uma delas, Marcio Carece cobrou e, por centímetros, Ailson não marcou.

Após 25 minutos muito lentos, surgiu um pouco de emoção. Primeiro veio o Guarani, que aproveitou boa jogada de Barboza. Ele rolou para Rômulo, que passou para Geovane. Melhor do time em campo, o meia bateu colocado para boa defesa de Renan Ribeiro.

No lance seguinte, Fernandinho cruzou e o zagueiro Ailson mandou contra o próprio gol. Emerson fez uma defesaça, mas o juiz já parava o jogo, alegando falta de Obina no defensor.

Melhor na partida, o Guarani não deixava os visitantes saírem para o jogo. A equipe roubava muitas bolas no meio-campo, mas não conseguia transformar os lances em ocasiões de gol, principalmente pela já conhecida deficiência na finalização de um time que não marca há cinco partidas.

Nos minutos finais, as duas equipes ainda chegaram em boas ocasiões, mas, pra variar, erraram a finalização. Pelo lado do Guarani, Rômulo perdeu boa chance de cabeça. Do lado dos visitantes, Renan Oliveira e Fernandinho desperdiçaram duas boas situações de chute, mandando por cima do gol. Com poucas chances e um futebol de baixa qualidade, o jogo terminou empatado por 0 a 0.

Na próxima rodada, o time mineiro recebe o Santos, no sábado, às 19h30. No dia seguinte, o Guarani encara o Palmeiras, também às 19h30.

Goleiro evita derrota contra o Inter e Flu mantém liderança



O Internacional pressionou o Fluminense nesta quarta-feira no Beira-Rio, mas parou em uma grande atuação do goleiro Ricardo Berna, que garantiu o empate por 0 a 0 com grandes defesas. Mesmo com o resultado, o time tricolor - que teve atuação apagada - manteve a liderança do Campeonato Brasileiro ao término da rodada.

A equipe do técnico Muricy Ramalho ocupa a ponta da tabela com 58 pontos - um a mais que Corinthians e Cruzeiro. Já o Inter, garantido na Libertadores do ano que vem por ser o atual campeão, foi a 50 pontos e segue longe dos líderes.

O time da casa começou mais à vontade em campo, trocando passes no meio e acuando os tricolores na defesa. Aos 5min, D'Alessandro bateu escanteio, Alecsandro cabeceou com firmeza e Diguinho salvou em cima da linha. O Fluminense concentrava demais suas jogadas em Conca, que ficava sobrecarregado na armação.

Quando os cariocas conseguiam chegar ao ataque, esbarravam na má fase de Washington. Aos 16min, Mariano cruzou da direita e o camisa 99 se enrolou com a bola, mas conseguiu o giro e finalizou para boa defesa de Renan. Dois minutos depois, o troco do Inter: Ricardo Berna fez boa defesa após cabeçada de Índio.

Conca seguia como o único jogador perigoso do Fluminense, que se fechava e apostava no contragolpe. Aos 29min, o argentino acertou a rede pelo lado de fora. Nos minutos finais, Ricardo Berna brilhou para deixar o placar zerado: aos 40min, Rafael Sobis bateu forte da entrada da área e o goleiro fez grande defesa. Quatro minutos depois, foi Giuliano quem viu seu chute parar em uma ótima intervenção do camisa 1 tricolor.

O panorama do jogo não mudou na segunda etapa: o time colorado tinha a posse de bola e trocava passes, esperando uma chance de gol, enquanto o Fluminense se fechava e procurava o contra-ataque. O ritmo da partida caiu e as equipes passaram a insistir na bola aérea para vencer as defesas.

O Inter teve uma grande chance na bola parada aos 34min, com uma falta na entrada da área. O "especialista" Andrezinho entrou para cobrar a infração e bateu no ângulo, mas Berna voltou a aparecer bem e conseguiu espalmar.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cuca pede imprensa mais "bairrista" para "ajudar" Cruzeiro e até o rival



A seis rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro ocupa a segunda colocação, com a mesma pontuação do líder Fluminense, porém com saldo de gols inferior. Assim, o técnico Cuca não hesitou e pediu que a imprensa mineira seja mais “bairrista” na reta final da competição e evite críticas ao time celeste.

Cuca disse que as imprensas paulista e carioca têm apoiado Corinthians e Fluminense, respectivamente, na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. O treinador cruzeirense espera que o mesmo ocorra em Minas Gerais.

“Tenho visto e ouvido a imprensa carioca dar uma moral enorme para o Fluminense. Põe lá em cima o Fluminense, como acho que eles deveriam fazer, têm toda razão. Vejo a imprensa paulista colocando o Corinthians como favorito, diversos comentaristas. Como eles deveriam fazer, na minha opinião. A gente aqui tem de ser um pouco mais bairrista”, afirmou o treinador, em entrevista veiculada pela Rádio Itatiaia.

Para reforçar seu argumento, Cuca lembrou do arquirrival Atlético-MG, que briga para não ser rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. “Não é crítica, é visão de um forasteiro. Eu não sou mineiro. Sinto que nessa hora o mineiro tem de empunhar a bandeira para o Cruzeiro ser campeão e para o Atlético não cair, quem é atleticano. A mídia tem de estar junto nesse processo”, disse.

O técnico do Cruzeiro pediu à imprensa mineira para amenizar os erros da equipe nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. “Nesse momento temos de dar muito mais valor aos méritos que a equipe, o jogador ou treinador possa ter. São seis jornadas, o Cruzeiro campeão é bom para todos. E a gente está medindo força contra Rio e São Paulo, contra equipes grandes. A gente precisa da mobilização”, observou.

“Ninguém quer que a imprensa entre e faça gol, mas que ela entenda o momento ruim. Se ela entender o momento ruim, o torcedor, que na verdade é dono de um ouvido, o outro é do rádio, também vai entender esse momento ruim e a ajuda dentro do campo será melhor. A gente precisa dessa ajuda na hora ruim do jogo, que é quando a torcida pega e incentiva. Quando vibra gol é ótimo para todo mundo, mas na hora ruim que é essencial para nós. Vamos empunhar a bandeira junto com o pessoal que estamos precisando da ajuda de todo mundo”, complementou.

Para ter chance de assumir a liderança do Campeonato Brasileiro nesta rodada, o Cruzeiro precisará pontuar contra o São Paulo, nesta quarta-feira, em Uberlândia, às 21h50. A equipe celeste soma 57 pontos, mesma pontuação do Fluminense, que tem vantagem no saldo de gols, 20 contra 13.

Nesta quarta-feira, o tricolor carioca enfrentará o Internacional, em Porto Alegre, às 19h30. Assim, o Cruzeiro entrará em campo para enfrentar o São Paulo já sabendo qual o resultado do jogo do Fluminense e saberá também se terá chances de assumir a liderança ainda nesta rodada.

Roth não tem previsão de 100% para dupla de ataque, mas não quer pressa



Rafael Sóbis e Alecsandro estão, inegavelmente, longe de sua forma ideal. Falta aos atacantes do Inter maior interação, desenvoltura técnica dentro das quatro linhas. Resultado direto das lesões sérias que lhes retiraram do time titular por um bom período. Ainda sem previsão de quando terá a dupla completamente recuperada, Celso Roth apenas deseja uma melhoria gradual, que já possa ser notada diante do Fluminense.

“O objetivo é esse. Contra o Santos ficamos um pouco abaixo na dupla de ataque, no sentido técnico”, comentou Celso Roth. “Em uma situação lógica. O Rafael voltou de 45 dias parado. Fui cobrado no Gre-Nal, mas o Rafael está aí. Ele não tem como jogar mais. Estamos fazendo o mesmo procedimento que tivemos com o Alecsandro, entrando devagarzinho”, completou.

A intenção é colocar Rafael Sóbis e Alecsandro juntos o máximo de jogos que for possível. Por um motivo simples: entrosamento e recuperação plena dos problemas musculares. “O que precisamos é que se soltem, participem tecnicamente e se entendam mais. Quando tivermos mais isso o nível será outro”, argumentou Roth.

“Não é que não temos pressa, mas o que queremos é que eles se sintam bem. O Alecsandro, por exemplo, se machucou batendo falta e toda vez eu pergunto se ele está bem. Ele bate e para, olha. Ele precisa trabalhar e esquecer isso”, contou o treinador. “No jogo é igual. Com o Rafael é a mesma coisa. Todo movimento mais brusco causa preocupação. Não existe previsão”, acrescentou.

O técnico do Inter não quis nem ao menos fazer estimativa de quando Rafael Sóbis e Alecsandro podem estar perto ou com 100%. “Quando eles se soltarem, tiverem sequência. É muito recente ainda. Por isso eles precisam jogar e o torcedor precisa entender. São importantes, tem a confiança no comando. Eles sabem que precisam dar o retorno dentro dos jogos que temos no Brasileiro”, finalizou.

Fabrício volta a treinar no Cruzeiro e deve enfrentar o São Paulo



Poupado do treinamento dessa segunda-feira na Toca da Raposa II, o volante Fabrício participou normalmente do treino recreativo do Cruzeiro nesta terça-feira, no Parque do Sabiá, em Uberlândia. Assim, ele deve ter condições de enfrentar o São Paulo, nesta quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), em partida válida pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.

A única dúvida sobre a escalação que Cuca levará a campo contra o tricolor está na lateral direita. Recuperado de dores no púbis, Jonathan se revezou com Rômulo em treinamento tático comandado pelo treinador nessa segunda-feira.

Rômulo foi titular na vitória cruzeirense por 2 a 0 sobre o Grêmio Prudente. Naquela partida, Diego Renan cumpriu suspensão automática. Agora com condições de jogo, ele volta à lateral esquerda na vaga que foi ocupada por Marquinhos Paraná. O volante recebeu o terceiro cartão amarelo a última rodada e não poderá enfrentar o São Paulo.

No meio-campo, Gilberto será mantido como titular pelo segundo jogo consecutivo e terá a responsabilidade de armar as jogadas da equipe ao lado de Montillo. Dessa forma, o Cruzeiro deve entrar em campo diante do São Paulo com Fábio, Jonathan (Rômulo), Léo, Edcarlos e Diego Renan, Fabrício, Henrique, Gilberto e Montillo; Thiago Ribeiro e Robert.

Para ter chance de assumir a liderança do Campeonato Brasileiro nesta rodada, o Cruzeiro precisará pontuar contra o São Paulo. A equipe celeste soma 57 pontos, mesma pontuação do Fluminense, que tem vantagem no saldo de gols, 20 contra 13.

Nesta quarta-feira, o tricolor carioca enfrentará o Internacional, em Porto Alegre, às 19h30. Assim, o Cruzeiro entrará em campo para enfrentar o São Paulo já sabendo qual o resultado do jogo do Fluminense e saberá também se terá chances de assumir a liderança ainda nesta rodada.

Cruzeiro x S. Paulo: tabu, topo e Libertadores em jogo



Na briga pelo topo da tabela, o Cruzeiro enfrenta o São Paulo e um indigesto tabu. Pelo Brasileiro, o time mineiro não sabe o que é vencer o rival paulista desde maio de 2004 - foram sete derrotas e cinco empates. Já a equipe do Morumbi vai a Uberlândia em busca de uma vitória para seguir firme na disputa por uma vaga na próxima edição da Libertadores.

Renato Gaúcho quer que desempenho gremista no início do BR sirva de lição



Quando Renato Gaúcho assumiu o comando do Grêmio o time ocupava a penúltima posição no Campeonato Brasileiro. 19 jogos depois, o técnico trabalha para conseguir colocar o time na zona de classificação para a próxima Libertadores. Por esta arrancada, mesmo que tenha seu objetivo frustrado, o treinador considera que um título já foi conquistado e espera que o mau momento sirva de lição.

"O Grêmio já foi campeão esse ano por não ter sido rebaixado. Que sirva de lição para os próximos anos. Seria uma coroação para nossos jogadores chegar na Libertadores, mas sair daquela situação e disputar a vaga já é algo imenso. Essa nossa arrancada pode ser considerada um título brasileiro", disse o treinador em entrevista coletiva concedida após o treinamento de terça-feira.

Contra o Goiás, Renato completa 20 jogos comandando o Grêmio no Brasileirão. Ao todo o técnico teve 10 vitórias, 5 empates e 4 derrotas no certame nacional, o que gera um aproveitamento de 61%.

"Mudou muita coisa desde que cheguei e mudou para melhor. O Grêmio era penúltimo e hoje estamos em uma situação muito boa. Brigar contra o rebaixamento é muito ruim psicologicamente, isso já é um ganho. Hoje buscamos a Libertadores, o que seria um prêmio para o trabalho que estamos fazendo, mas o mérito é todo dos jogadores", reforçou o técnico.

Dentro de campo persiste uma dúvida no time tricolor. Vilson provavelmente fique fora, mas os médicos solicitaram a Renato Gaúcho que aguarde um último teste a ser realizado momentos antes da partida contra o Goiás, nesta quarta-feira, às 19h30, no Serra Dourada. "Ele vem melhorando a cada dia e se puder vai jogar", finalizou o comandante gremista. Caso não conte com Vilson, Adílson será o responsável pela marcação no meio-campo ao lado de Fábio Rochemback.